Caravanas lideradas por jesuítas, formadas por índios, negros e brancos, saiam do litoral – Laguna – por volta de 1650, em busca de novas terras e possíveis riquezas no alto da serra. Logo, a região de Lages desenvolveu sua agricultura e pecuária e passou a usar a trilha cognominada de trilha dos tropeiros, para levar seus produtos à Laguna de onde seriam exportados para o resto do continente.
Pela mesma trilha o gado, devido ao rigor do inverno serrano cuja geada queimava as pastagens, era transferido para o Campo da Eira – em Tubarão – onde havia verdes pastos o ano inteiro.
Num bonito vale, onde as tropas estacionavam, algumas rezes escapuliam e ali eram abandonadas. Por isso o local ficou conhecido como Rio das Vacas e posteriormente Rio da Vaca. Por volta de 1900 a localidade de Rio da Vaca já contava com cerca de 100 famílias.
Em 1949, uma novidade fez nascer a esperança de prosperidade: uma rica madeireira localizada no alto da serra instalou um cabo de aço de 1.200 metros de altura para descer madeiras para a região do baixo da serra, transportando igualmente mantimentos, animais e pessoas.
O lugar passou a ser chamado de Cabo Aéreo e o equipa-mento funcionou até 30 de novembro de 1962. Com a construção da estrada estadual da Serra do Rio do Rastro, o Cabo Aéreo foi desativado. Nos anos 20 foi construída e primeira capela que também serviu de escola e foi escolhida Nossa Senhora do Rosário como padroeira. Anteriormente o terço era rezado em frente à Santa Cruz.
Ali também realizavam-se as festas religiosas da comunidade, sendo a mais tradicional a Festa de Santa Cruz no dia três de maio. Tempos mais tarde, foi necessário construir uma nova capela. Desta vez de alvenaria. No Livro Tombo da Matriz Santa Otília de Orleans consta o registro dos primeiros batismos realizados nesta comunidade.